Trouble, de Gus Van Sant


Cenografia para musical

cenografia:
José Capela

assistente de cenografia:
António Pedro Faria

imagens:
José Carlos Duarte

Lisboa, 2021


Imagens ©José Carlos Duarte 



“Nos anos 60, Andy Warhol impulsionou uma mudança radical no paradigma da arte, provocando o debate sobre o que era realmente importante na sociedade americana. A cultura popular ganhou estatuto de arte, transformando objetos da vida quotidiana em ícones, como a lata de sopa Campbell.

O realizador de cinema Gus Van Sant aventura-se na sua primeira criação de palco, um espetáculo de teatro musical inspirado em Andy Warhol e no seu esmagador talento para elevar a ícone as imagens, ao mesmo tempo que escalava como persona e artista a um estatuto de celebridade mundial.

Gus Van Sant reconstrói o passado de um Warhol em início de carreira, através de uma narrativa ficcional construída a partir de factos reais e de memórias, mas também da imaginação. A atriz Edie Sedgwick, que morreu precocemente, o escritor norte-americano Truman Capote ou o crítico de arte Clement Greenberg são algumas das personagens interpretadas por adolescentes e jovens atores que, nesta descontextualização da idade, testam identidades, tendo como pano de fundo o nascimento da Pop Art.

A sensibilidade, a proximidade e o carisma de Gus Van Sant reavivam em Trouble a crença de estarmos juntos e de formarmos um coletivo ou um movimento com a força de transformar o mundo.”

in Folha de Sala do Espectáculo (Teatro Nacional Dona Maria II)
“In the 1960s, Andy Warhol sparked a radical shift in the art paradigm, generating a debate about what was truly important in American society. Popular culture became art, turning everyday objects into icons, such as the Campbell soup can.

Film director Gus Van Sant ventures into his first creation for the stage, a musical theater show inspired by Andy Warhol and his overwhelming talent for elevating images into icons, all while achieving worldwide celebrity status as persona and artist.

Gus Van Sant recreates the beginning of Warhol’s career through a fictional narrative built from facts and memories, but also from imagination.

Actress Edie Sedgwick, who died prematurely, North-American writer Truman Capote and musician Lou Reed are some of the characters played by teenagers and young actors who, by taking on a different age, experiment with identities against the backdrop of Pop Art’s birth.

In Trouble, Gus Van Sant’s sensitivity, closeness and charisma rekindle our belief in being together and forming a collective or a movement strong enough to change the world.”


































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